Segundo alguns investigadores da Educação, os alunos devem agir como infodetetives quando descarregam alguma coisa da Web ou na elaboração de um trabalho ou pesquisa.

Devem colocar questões como:”Quem fornece informação e o que o motiva?”, “Trata-se de marketing?”, “O website é comercial, governamental, de vertente educativa?” Qualquer uma destas questões pode afetar a fiabilidade da informação. Outras questões são igualmente válidas, como: “É um dado ou uma citação?”, “É uma teoria ou um facto?”, “É realidade ou ficção?”, “Os elementos visuais e/ou sonoros transmitem a mesma informação?”

O website, a temática, a abordagem do tema, a correção do texto, as referências bibliográficas, a data, ou autor e a própria interatividade proporcionada são fatores chave a ter em conta. 

A importância da destrinça feita pelos alunos entre “o trigo e o joio” no que toca a dados na Web é uma competência vital nos dias de hoje. É um mundo de várias “fakenews” que só poderão ser combatidas com uma verdadeira literacia mediática e digital. Há já entidades, universitárias e educativas, que se dedicam a esta problemática: por exemplo, o Projeto bYOU, da Universidade do Minho, ou o Centro Internet Segura.

António Lobo Antunes escreveu um dia: “A cultura assusta muito. É uma coisa apavorante para os ditadores. Um povo que lê nunca será um povo de escravos.” Este pensamento remete para a importância das bibliotecas e, em especial, das bibliotecas escolares como lugar privilegiado de cultura e de literacias (de vários tipos), uma ponte para um mundo de liberdade de pensamento e de encontro com um Eu mais profundo.